domingo, 6 de abril de 2008

Chuvas: 350 famílias desabrigadas em Barras

Aumentou para 350 o número de famílias desabrigadas pela enchente do rio Maratoan, em Barras, na região Norte do Piauí. Antônio Francisco, da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Barras, disse que as paredes das casas começaram a cair e a ponte de madeira que ligava o povoado São Gonçalo, na zona rural, ao centro da cidade. “As águas do rio Maratoan continuam aumentando e invadindo as casas”, afirmou Antônio Francisco.

Ele declarou que o Ginásio Poliesportivo de Barras já não pode mais comportar desabrigados e as novas famílias desabrigadas estão sendo levadas para o Centro Social do bairro São Cristóvão. Ele disse que as ruas dos bairros Boa Vista, do conjunto Iapep, no Riachinho, e no Xique-Xique. “As águas estão avançando cada vez mais”, declarou Antônio Francisco.

O prefeito Manin Rêgo afirmou que as famílias estão deixando suas residências e as águas atingem suas estruturas. “Vamos precisar de recursos para a construção de novas casas”, falou Rêgo. Ele informou que a Prefeitura de Barras está distribuindo cestas de alimentos e arrecadando agasalhos para ajudar as famílias desabrigadas Na manhã de ontem, pelo menos 25 famílias do bairro Xique-Xique, do conjunto Iapep e Riachinho acordaram com as águas em suas residências. “Nós ficamos sem saber o que fazer.

Tenho cinco crianças pequenas e o medo era que as paredes caíssem sobre elas”, falou a dona de casa Fernanda Leite, que estava sendo socorrida por uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social. A secretária municipal de Assistência Social, Teresinha Rêgo, está acompanhando os desabrigados. O Corpo de Bombeiros vai enviar uma equipe de Teresina para resgatar as famílias desabrigadas.

Os funcionários da Prefeituira de Barras passaram a noite retirando dos caminhões da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) os sacos de arroz, feijão e milho enviados para que sejam feitas cestas para as famílias desabrigadas. Como Barras não tem saneamento básico, as famílias, principalmente as crianças, correm risco de doenças porque detritos e fezes são levados pelas águas.

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